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OBJETO
DE DESEJO
Elogio da Loucura (Moriae Encomium, sive Stultitiae Laus, 1509) foi escrito durante viagem à Inglaterra para uma visita a seu grande amigo Thomas More. Publicado em 1511, foi sem dúvida um dos maiores sucessos editoriais do século XVI e permanece ainda como o livro mais conhecido de Erasmo. Sátira cujos antecedentes encontram-se no estilo de Luciano de Samósata, autor de predileção de Erasmo e More, o Elogio foi, por sua vez, uma influência para Rabelais, Cervantes e Voltaire. Segundo o próprio Erasmo, tratava-se de uma obra moralizante, espelho em chave cômica de seu tratado Manual do soldado cristão, reflexão sobre os ensinamentos cristãos e as práticas diárias que adviriam de sua aceitação como doutrina. Assim, quando criticado pela irreverência com que a Loucura tratou os temas religiosos, Erasmo alega que o Manual e o Elogio dizem a mesma coisa e servem ao mesmo propósito. A eficácia do segundo reside precisamente no fato de que a verdade, em si mesma austera, torna-se mais capaz de atingir o espírito dos homens quando traz consigo a recomendação do prazer, ou seja, do riso.
ERASMO DE ROTTERDAM (Rotterdam, 1466–Basileia, 1536) foi o mais importante nome do Humanismo no século XVI. Sua influência se estendeu por toda a Europa, enquanto que, no campo dos saberes, Erasmo foi decisivo em áreas como a gramática, a retórica, a teologia, a didática. Com seu lema concedo nulli, que pode ser traduzido como “não cedo a ninguém” ou “não concordo com ninguém”, defendeu o livre-arbítrio contra a visão pessimista acerca do homem sustentada pelos luteranos, sem deixar de satirizar a Igreja Católica e seus costumes. Seu princípio fundamental foi sempre o irenismo, ou seja, a conciliação e o diálogo como formas de superação dos conflitos causados pelas diferenças religiosas. Entre seus amigos estão Thomas More, Aldo Manuzio, John Colet e tantos outros cuja importância no mundo das letras permanece indiscutível. Morreu na Basileia em 1536, reconhecido já em vida como “o preceptor da Europa”.
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