No mundo moderno, a palavra ocupa um lugar central: ela pontua nossa vida cotidiana acompanhando-nos quase o tempo todo, e até mesmo o silêncio tem seu significado em relação a ela é ela que nos vincula aos outros e nos liga a nós mesmos ela está no âmago de nossa vida social e profissional e se desenvolve por intermédio de múltiplos meios de comunicação.

Não subestimamos o papel ocupado pela palavra em nossa vida? Temos realmente consciência de todos os poderes que ela contém em si? Utilizamos todos os recursos desta capacidade extraordinária e especificamente humana? Não damos espaço demais à violência quando justamente a palavra é o seu antídoto mais seguro?

Explorando imensas possibilidades da palavra nos planos pessoal e social, o autor faz uma exposição histórica de como a palavra foi progressivamente se constituindo em uma espécie de substituição à violência, ao exercício desenfreado do poder, e como os recursos, assim como a objetivação das paixões, propiciaram cada vez mais o recuo da violência.

O objetivo principal desta obra é mostrar como se podem superar os obstáculos que se interpõem ao pleno desenvolvimento de poder da palavra, demonstrando como cada um de nós pode apropriar-se novamente de sua própria palavra e como seu poder partilhado pode pôr um freio às pretensões do poder e sua violência.