Autora do best-seller nos Estados Unidos “O meio do caminho” (2008), em que conta a superação pessoal de um câncer de mama e da convivência com a doença que também atingiu o pai no mesmo período, Kelly Corrigan mergulha novamente em suas lembranças para falar de família, amizade, casamento e, acima de tudo, do desejo de ser mãe. Com um texto enxuto e ágil, “Em pleno voo” traz histórias como a da prima Kathy, que perdeu o filho adolescente em um acidente de carro; e da amiga Meg que, solteira aos 40 anos de idade, optou por uma produção independente para engravidar.

O título original (“Lift”) faz referência a um fenômeno familiar aos praticantes de voo livre, que ao invés de evitar as turbulências, sustentam o voo por mais tempo ao administrar as passagens de uma termal para outra. É exatamente a turbulência que cerca as termais que cria a força de sustentação necessária para o voo. Para Corrigan, esta sabedoria – de que voar envolve movimentos caóticos e até violentos – torna-se uma metáfora para as coisas mais significativas da vida, particularmente o grande voo que é a maternidade.