“Energia do Ar” é um livro singular. Depois de editar 16 livros autorais, Ricardo Siqueira soltou ao ventos uma chamada para um trabalho plural.

Fascinado pela estética da geração de energia eólica convocou 10 fotógrafos para mostrar variadas interpretações e ângulos inusitados de um mesmo tema.

É impossível fotografar o Ar, no entanto sua força e presença nos é relevada de por seu movimento. Impulsionando caravelas para o descobrimento ou fornecendo eletricidade, essa energia vem transformando o mundo desde sempre.

Um dos primeiros aerogeradores construídos chegou a ser considerado um objeto profano. Em 1887, seu criador, James Blyth, um professor escocês, foi estigmatizado pela sociedade presbiteriana, pois a energia elétrica era considerada coisa do demônio. Conseguiu iluminar apenas a sua própria casa.

Somente em 1897, na Dinamarca, o engenheiro Poul de La Cour veio a abastecer com eletricidade, de forma constante, a vila onde morava. Construiu com um sistema que alternava energia captada do vento com um motor a gasolina para os dias de calmaria. Atualmente, um conceito largamente utilizado.

Os capítulos de “Energia do Ar” trazem essas e outras histórias de uma trajetória de inovação surpreendente, que culminou na utilização da força dos ventos para abastecer cidades inteiras com eletricidade, uma tecnologia que possui uma beleza plástica que ninguém previa.