Pela primeira vez toda a obra poética de Ferreira Gullar está reunida em um box. Contendo 7 volumes com projeto gráfico atualizado a coleção é um apanhado sem-igual do mais prestigiado poeta contemporâneo brasileiro. O box é composto pelos seguintes títulos:

A luta corporal (1954) – 156 páginas
Quando de sua primeira publicação, este livro marcou a carreira do autor e de toda uma geração. Aqui se tem a exaltação do canto lírico, mais pelo direcionamento da inteligência do que pelo sentimentalismo. As palavras comparecem desautomatizadas, na busca pelo não-dito; objetos, por sua vez, alcançam exprimir a condição humana.

Dentro da noite veloz (1975) – 120 páginas
Este livro resulta do trabalho do autor em realizar uma poesia preocupada com as questões sociais e políticas, sem, no entanto, abdicar da qualidade literária. Dentro da noite veloz contém vozes dos oprimidos, dos injustiçados e de todos os que ousam se rebelar.

Poema sujo (1976) – 112 páginas
O longo poema nasceu em um difícil momento da história do Brasil e do poeta. Ferreira Gullar, exilado, escreve Poema sujo como uma tentativa de registrar lembranças e imagens, como se embarcasse em uma “viagem” onírica, ainda que profundamente realista. Uma viagem de liberdade interior em pleno exílio.
Poema sujo foi traduzido em Cuba, Colômbia, França, Espanha, Alemanha, Suécia e Estados Unidos, o que confirma sua linguagem universal.

Na vertigem do dia (1980) – 96 páginas
Os poemas de Na vertigem do dia, além de acabadas realizações literárias, estéticas e intelectuais, constituem um verdadeiro mergulho nas camadas mais profundas da condição humana, fruto que são de anos e anos de lúcido e consequente engajamento poético.

Barulhos (1987) – 108 páginas
Em Barulhos, Ferreira Gullar desenvolve a reflexão sobre a gênese do poema, sobre a vida real, o mundo real. Neste livro, temos uma arte trabalhada com rigor cada vez maior; o verso aspira à forma essencial, em que os claros correspondem à vibração das palavras e seu deslocamento no tempo rítmico.

Muitas vozes (1999) – 144 páginas
Muitas vozes foi publicado após um hiato de doze anos. Mais reflexivo, temas como a vida, a morte e as memórias de infância estão presentes de forma mais amena e madura.

Em alguma parte alguma (2010) – 142 páginas
Lançado depois de um intervalo de onze anos desde a última publicação do autor, Muitas vozes. Nele, se dá continuidade à reflexão poética sobre a existência, desenvolvendo temas não explorados anteriormente.