Trata-se de um estudo histórico sobre a participação negra nas ciências exatas, biológicas e humanas, acrescido de dados sobre a situação nos EUA, no Brasil, nos antigos reinos africanos e nos 54 países soberanos que, em 2017, compõem o continente africano. Versa sobre as invenções africanas e afrodescendentes dos tempos antigos e modernos que, com o passar dos anos, caíram tantas vezes no esquecimento e foram marginalizadas pelo eurocentrismo. É importante saber que essas mulheres e homens de origem africana participaram de algumas invenções que mudaram os rumos da história moderna.

Esta obra tem a possibilidade de esclarecer que a raça negra não é composta apenas de pessoas que só sabem trabalhar duro em tarefas braçais, correr, dançar, cantar ou jogar futebol. É composta também de cientistas brilhantes. É preciso que os pesquisadores rompam o isolamento dos laboratórios e o público leigo tome conhecimento dos projetos que estão sendo desenvolvidos no mundo científico – experiências que, apesar dos problemas de financiamento, inovam e criam soluções tecnológicas para o mundo moderno.

Os autores, Carlos Machado e Alexandra Loras, defendem que a igualdade de oportunidades toca num ponto fundamental de nossa condição humana: a tendência que adquirimos de considerar natural a auto-afirmação de um indivíduo através da negação do outro, gerando a falta de empatia. Igualdade é uma palavra simples de dizer e complexa de praticar.

Este livro busca compreender a realidade de uma omissão histórica da genialidade negra nas ciências e propõe um novo desafio a ser lançado, o de plena igualdade racial, em todas as áreas de atuação humana por um efetivo equilíbrio de poder para todos sem qualquer distinção de raça, cor, etnia, sexo, credo ou nacionalidade. Uma força humana diversificada reunindo uma abundância de experiências e conhecimentos, trabalhando juntos por uma visão comum.