INFINITO VAO: 90 ANOS DE ARQUITETURA BRASILEIRA
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OBJETO
DE DESEJO
Na arquitetura, o vão é algo que se vence, um desafio a superar. Reduzir a quantidade de apoios, expandir as lajes horizontalmente, lançar-se no vazio aéreo abrindo um imensa luz ao rés-do-chão. Mas a palavra vão, em português, também designa um projeto ou uma ação que termina em fracasso: algo que foi feito em vão.
No Brasil, a modernização apareceu como um salto a ser dado por sobre o atraso do país, o passado colonial. E, no caso da arquitetura, por sobre a ausência de duas tradições: a clássica, por um lado, e a artesanal, por outro. Salto abismal, diante da escala imensa do seu território. Desafio encampado, na arquitetura, por uma vanguarda estética ambiciosa, aliada a engenheiros notáveis.
Segundo o crítico Mário Pedrosa, estamos congenitamente “condenados ao moderno”. Condenação estendida, também, como uma libertação das tradições. Isto é: capacidade de transformar aquilo que poderia ser feito em vão na efetiva conquista cultural do vão livre.
Pois, para os arquitetos brasileiros, a palavra vão é quase sempre um sinónimo de
liberdade. A transformação da perda em desafio a ser vencido no espaço, longe do chão, na linha do infinito.
A exposição Infinito vão — 90 anos de arquitetura brasileira apresenta um conjunto de obras de arquitetos brasileiros ou radicados no país desde as primeiras ”casas modernistas” de Gregori Warchavchik, em São Paulo, até os dias atuais. Trata-se de uma seleção feita a partir de uma vasta coleção de projetos constituída pela Casa da Arquitectura de Portugal, e que se encontra agora disponível para pesquisa pública.
Este riquíssimo acervo material original, ainda em desenvolvimento, é composto por mais de 103 projetos e milhares de peças físicas e digitais que permitem a constituição de um universo documental único, capaz de gerar novas leituras sobre a produção arquitetônica brasileira.
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