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OBJETO
DE DESEJO
Em Jukebox, Dimitri BR investiga as relações entre a canção e o poema. O livro reúne textos publicados em revistas, jornais e antologias – ou saídos em discos – nos últimos dez anos. Seu nome, inclusive, remete justamente a essa reunião de diferentes em um único espaço: poemas e canções de diferentes tempos, inicialmente criados para diferentes formatos, agora em um único veículo. Entre eles, encontramos inclusive letras de músicas de seu disco autoral Todos os dias são bons, que, ao ganharem nova materialidade – a página – se transformam.
Esse entrelugar que a aproximação da canção e o poema cria se manifesta de diferentes maneiras. Por vezes, jogando com o experimental:
s/n
toda comunicação é ruído
eitof acomufnigal ehjdp ́ruidfo
gjtyipoe dnciomjgis^pgfo esy aoituidp
queisdo cusaytbbe65$aio ow9 dusyepruído
Ou então, em diálogo lírico com a tradição da MPB, como na paródia da canção “Alegria, alegria”, de Caetano Veloso:
apatia, apatia
caminhando – não: parados
lado a lado e o ar – parado
encostados contra o muro
pelotão de fuzilados
no sol, na chuva
janeiro, dezembro
é quase, é sempre
é quase
nem bomba nem brigitte
quem lê? nada é notícia
por que não? por que sim?
tudo vai, tudo vão
acabou o festival
acabou o festival
acabou o festival
acabou o festival
Parte de uma dupla publicação, do outro lado deste livro-disco está Karaokê, lançado simultaneamente e que traz o mesmo projeto gráfico. Os livros são, ao mesmo tempo, um e dois livros, na medida que Karaokê investiga em um único poema seriado a relação entre o fazer da música e do poema, as diferenças e aproximações entre a voz que lê e a que canta.
A publicação é uma parceria entre a Garupa e a BR75.
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