MARGEM ESQUERDA: ENSAIOS MARXISTAS #9
Vários (ver informações no detalhe)
EDITORA : Boitempo| Saiba Mais…
Por:
R$ 47,00
Em até 3x sem juros
Adicionar
à sacola
OBJETO
DE DESEJO
As novidades políticas da América Latina são o tema do dossiê, organizado por Maria Orlanda Pinassi e Paulo Arantes, do novo número da revista Margem Esquerda. Um continente “entre a reforma e a revolução”, na expressão do intelectual português Miguel Urbano Rodrigues, que em seu artigo relata a crescente contestação ao segundo mandato de Álvaro Uribe, na Colômbia, empreendida por sindicatos, organizações camponesas e indígenas. O dossiê também traz, entre outros textos, o trabalho do jornalista mexicano Luis Hernández Navarro sobre a organização popular que se forja por redes de solidariedade informais, como as da Comuna de Oaxaca.
José Luís Fiori escreve sobre as vitórias populares na América do Sul, e como estas são ferozmente atacadas pela direita, porque demonstram a capacidade renovada de acumulação de forças dos movimentos de esquerda. A América Latina é tema ainda de notas de leitura e da resenha de Emília Viotti sobre Latinoamericana: enciclopédia contemporânea da América Latina e do Caribe, publicada pela Boitempo em 2006.
Um dos mais importantes pensadores marxistas da atualidade, o húngaro István Mészáros, denuncia o cinismo com o qual a fome é tratada em períodos eleitorais, supostamente o símbolo maior da democracia do sistema. “A crise estrutural da política” faz uma reflexão realista sobre a competição entre candidatos na crise do capital, que define como “disputa entre políticos prometedores nas pedras que pavimentam o inferno”.
O entrevistado desta edição, o jornalista e historiador Jacob Gorender, faz um balanço da esquerda brasileira desde os anos 40 e de sua própria militância, analisando a atuação dos comunistas na resistência ao golpe militar de 1964 e as reações à derrocada da União Soviética. Seu depoimento se transforma em um comovente documento da história recente do país. Ensaio de Maria Lygia Quartim de Moraes recupera os ideais e as trajetórias da geração de 1968 – que, entre outras bandeiras, lutou pela libertação sexual – para discutir a despolitização contemporânea do feminismo. Na seção Clássico publicamos Os usos da teoria cultural, de Raymond Williams. O pensador galês avalia os desdobramentos da crítica cultural acadêmica, que, no embalo das importações teóricas francesas do pós-estruturalismo, se afasta da Nova Esquerda. Atualíssimo, o ensaio mostra como a crítica cultural paga o preço dos novos e sombrios tempos em termos de perda de relevância e de potencial cognitivo.
Leia mais…