Uma coleção de crônicas sobre a maternidade, sobre a tarefa infinita de ser mãe, que começa muito antes do parto, sobre a expectativa e os preparativos para a chegada da criança, sobre a vida com os filhos.

Divertidos, espirituosos, experimentais, os textos falam do parto, dos bebês, de alergias, raivas, choros estridentes, noites em claro e outros dilemas e desafios.

Como aponta o título do livro, ser mãe é para sempre. Mãeternidade traz uma série de 60 textos sobre dilemas, ansiedades, descobertas, inseguranças, idas e vindas, perrengues e aprendizados infinitos.

A nova vida que se reserva às mães começa com o parto, ou melhor, com a anunciação, a gravidez e todos os preparativos envolvidos. Mas o parto e tudo o que o envolve é só o começo. Depois vem a vida com o filho, a filha ou filhos, no caso de gêmeos ou de uma segunda criança.

Como diz a autora nestas crônicas divertidas e profundas, o raio pode cair no mesmo lugar e o segundo filho ter a mesma alergia do primeiro. A vida pode se dividir em AB/DB (antes do bebê e depois do bebê). É possível passar um ano sem dormir. Com filhos, tudo é possível, inclusive continuar a ser mulher, desejar e ser desejável.

O estilo de Anna Brockes é desde já inconfundível: textos curtos, em prosa coloquial, ritmo de conversa, de igual para igual com os leitores. Suas crônicas podem assumir qualquer forma ou estrutura: uma carta franca para o filho, uma narrativa sobre o dia do parto, um pequeno ensaio sobre a raiva e a agressividade infantil.

Neste livro profundo e ao mesmo tempo adoravelmente divertido, Anna Brockes conversa com o leitor, com a leitora, com a barriga, com o bebê, com os filhos crescidos, num retrato inventivo e muito pessoal da maternidade. As ilustrações de Andrea Oliveira se aproximam da linguagem da charge, mas com um caráter mais livre e lírico, que traduz o estilo inclassificável e desprendido da prosa da autora.

Para a escritora Giovana Madalosso, que assina a orelha do livro, “esse olhar tão honesto e singular sobre a maternidade só é possível porque a autora não se coloca acima do leitor. E nem na sua altura. Ela se coloca ombro a ombro com os pequenos, descendo do pedestal do adulto para aprender tudo de novo”.