MEU IMENSO PORTUGAL: CRONICAS DO PRIMEIRO TEMPO
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OBJETO
DE DESEJO
No seu terceiro livro de contos, A noite da besta, José Guilherme Vereza explora a densidade e tensão dos acontecimentos, quando encontramos uma linguagem mais seca e direta para descrever, à moda de um Nelson Rodrigues, da vida como ela é, mapeando uma realidade social e humana premida por pequenos dramas individuais e coletivos, mazelas, conflitos, ambiguidades e dilemas do ser e do meio. Nas crônicas deste Meu imenso Portugal, depara-se com uma certo despojamento narrativo, a fluidez de uma palavra que incorpora outra dimensão ao exame dos acontecimentos, flagrantes, cenários e ocorrências quotidianas que o autor registra na sua vivência lisboeta. Flertando com o inusitado, o banal, o corriqueiro, Vereza extrai dos espaços urbanos que frequenta e da convivência com os costumes, valores, tradições e idiossincrasias da vida portuguesa, elementos para construção de uma refinada crônica sobre essa nova experiência vivencial, numa paisagem geográfica, cultural e humana que lhe oferta matéria e circunstâncias para uma construção literária que abarca em seu arcabouçou narrativo a leveza poética e o amálgama da ironia ou de um discreto humor, na linha do que realizaram cronistas tradicionais, como um Rubem Braga e um Fernando Sabino. A versatilidade de oficina criativa de Vereza realiza o escrutínio do humano, do territorial, do onírico e do sensível, nada escapando, na bateia de sua garimpagem, à sua imersão cirúrgica e percuciente, pois cada coisa, cada lugar, cada objeto ou situação são insights para uma escrita delicada e cristalina, o que vai na direção do que disse Robert Arlt: “Quando se tem algo a escrever, escreve-se em qualquer lugar. Sobre uma bobina de papel ou num quarto infernal. Deus ou o Diabo estão juntos da gente ditando inefáveis palavras.” [Ronaldo Cagiano]
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