MIL E UMA NOITES, AS - HISTORIAS APOCRIFAS
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OBJETO
DE DESEJO
Antoine Galland, o primeiro tradutor europeu de As Mil e Uma Noites, acrescentou à tradução do manuscrito em sua posse várias histórias. Muitas
destas histórias foram retiradas de outras recolhas árabes de contos e lendas. Nos últimos três volumes dos 12 que a edição original de Galland
contemplou, há, contudo, várias narrativas para as quais não existem registos em mais nenhuma fonte antiga de recolha de literatura oral árabe.
Estas histórias apócrifas ou «órfãs», como as designam os especialistas, terão sido contadas a Galland por um mercador sírio que viajara para França
com Paul Lucas, o aventureiro e real caçador de tesouros exóticos do rei francês. Ao mercador, Hanna Diab de seu nome, que falava francês, fora
prometido que seria o director da colecção de manuscritos árabes da Biblioteca do Rei; contudo, acabou simplesmente por ser apresentado na corte como
uma «curiosidade» exótica ao lado de um animal raro capturado na Tunísia.
Sabe-se que Antoine Galland nunca fez propriamente uma tradução do manuscrito árabe em sua posse, mas sim uma adaptação muito livre, que
procurou adequar o texto ao gosto e à moralidade da França de então. Acabou por conseguir o seu propósito, tornando o texto um dos mais famosos do
imaginário universal. E desse imaginário fazem parte histórias como as de Ali Babá e os Quarenta Ladrões ou Aladino e a Lâmpada Mágica, para as quais
não há fontes árabes; pelo contrário: nas versões árabes de As Mil e Uma Noites posteriores à edição de Galland, aparecem pela primeira vez traduzidas
muito provavelmente a partir do francês.
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