produto indisponível
OBJETO
DE DESEJO
Numa linguagem simples, mas com estilo refinado, Mario Prata escreve uma autobiografia diferente. A partir de uma seleção de acontecimentos prosaicos que, por um mero acaso, transformam-se em fatos marcantes, engraçados ou trágicos, o leitor vai construindo, caso a caso, um perfil do autor e descobrindo a relação dele com o dia-a-dia. São os segredos contidos naquela eterna gaveta de criado-mudo e que por um incidente tornam-se públicos. Ou ainda, a constatação de que passamos anos da nossa vida usando o mesmo colchão. Nesta emocionada colcha de retalhos particular, Prata alinhava a memória da sua casa, do seu corpo, das suas coisinhas. Descreve o absurdo burocrático existente num simples carimbo, constata a capacidade de se emocionar com o desconhecido do lado.
Para cada história selecionada, Mario usa uma palavra-chave, apresentando a versão dicionarizada da mesma e em seguida narra uma conexão, pessoal e intransferível, do vocábulo com seu cotidiano. "Livro", por exemplo, significa a reunião de folhas ou cadernos, montados em capa flexível ou rígida. Para Mario, livro é aquele exemplar de "Os irmãos Karamázovi", volume quatro, que traz o telefone de uma tal de Dora e uma multa de trânsito datada de 1974.
Leia mais…