MONOTEISMO E DUALISMO - AS RELIGIOES...ZOROASTRISMO
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OBJETO
DE DESEJO
O que pode haver de comum entre religiões aparentemente tão diversas? Ao apresentar sinteticamente o zoroatrismo, o judaísmo, o cristianismo, o islamismo e as correntes dualistas, sem a intenção de compará-las, Monoteísmos e dualismos constitui um quadro histórico de religiões, cujo elemento comum é a crença em uma salvação. Além disso, rejeitam o politeísmo, em suas diversas formas, em nome do culto a um Deus único, ou a um "Deus bom", que é eleito como salvador para combater um opositor "mau" - caso das religiões dualistas, como o zoroatrismo, o maniqueísmo e a gnose, que vêem no mal um componente essencial da ordem constituída.
Essas semelhanças colocadas lado a lado favorecem uma leitura histórica de tais religiões. Nenhuma delas é totalmente original, mas, ao contrário, parecem ramificações de um mesmo tronco, com evidentes interseções.
O cristianismo, por exemplo, é uma religião historicamente fundada. Ainda que com uma grande variedade de crenças e práticas, como as impostas historicamente pela cisão ortodoxa ou poea Reforma protestante a partir do século XVI e XVII, todas as correntes cristãs mantiveram como elemento comum a profissão de fé em Jesus, filho do único Deus, encarnado, morto e ressuscitado, enfim, prometido e como tal "cristo", isto é "ungido" pelo Senhor. O judaísmo, por sua vez, consiste essencialmente numa série de normas de origem divina que regulam toda conduta do crente. Religião e povo constituem um binômio indissolúvel, vivendo a dupla tensão entre tradição e assimilação, e entre a diáspora e a erra de Israel. O islamismo, como o judaísmo, proclama a fé religiosa e prescreve determinados rituais, mas estabelece também certa ordenação da sociedade, ocupando-se da vida familiar, da legislação civil e penal, dos negócios, das regras de etiqueta, de alimentação, de vestuário e até de higiene pessoal. Um modo de vida completo que reflete a vontade de Deus.
Não se pode esquecer ainda que a modernidade opera processos corrosivos com relação às diferentes tradições religiosas. O destino de cada uma delas depende do modo como reagiram ao desafio imposto pelo processo de modernização. O último capítulo do livro discute as complexas relações entre religião e modernidade, e analisa as novas tendências religiosas surgidas no século XX.
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