O abolicionista e antimonarquista Luiz Gama aparece como protagonista neste romance histórico, em contraposição ao imperador dom Pedro II. Vendido como escravo pelo próprio pai, ele consegue se tornar advogado defensor de escravos sem nunca ter-se formado em direito. Já o imperador representava o passado, acreditava no escravismo como um "mal necessário" e tinha a clara intenção de "branquear" a população brasileira. O processo que levou à abolição da escravatura é um tema muito atual e pertinente, que merece ser revisto e discutido. A relação entre Luiz Gama e o imperador coloca em foco questões como liberdade, justiça social e a condição degradante dos negros no Brasil do século XIX. Mais do que isso, aponta também a omissão do imperador em relação à questão escrava e à criação de um projeto de país que incluísse todas as pessoas.