Uma minuciosa pesquisa e levantamento sobre a influência chinesa na arte e na cultura brasileiras, realizada pelo historiador e crítico de arte Julio Bandeira, resultou na edição desta publicação, que é a “reunião de trezentos anos de relatos e imagens que orientaram uma visão de mundo deste Brasil na rota da China".

São 252 páginas em uma edição bilíngüe com cerca de 200 imagens ao longo do instigante texto do autor – uma obra, em que o leitor terá a oportunidade de desvendar um surpreendente viés da construção da ARTE e da CULTURA brasileiras.

Referências à obra, entre os pioneiros desta tese está Gilberto Freyre, o qual, em “Sobrados e Mucambos” declara que a China é uma das matrizes culturais do Brasil; seguido de Germain Bazin, descrevendo em l'Architecture Religieuse Baroque au Brésil a laca vermelha de Mariana, a igreja inspirada em pagode em Sabará e os leões de pedra que guardam o Convento Franciscano da Paraíba, entre outros elementos que comprovam a presença do Império do Meio entre nós. Ressaltando ainda, que mais de século antes, Jean-Baptiste Debret, Maria Graham, Jacques Arago, August Earle e Thomas Ender estão entre os vários artistas e viajantes que também destacaram essa presença no Brasil.