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OBJETO
DE DESEJO
Na virada para o século XX, Jacov Reinhardt está escrevendo o tratado definitivo sobre a melancolia, esta doença que se mostrou epidêmica na modernidade. No entanto, seu trabalho só estará completo quando localizar a fonte dela, quando encará-la de frente. Para isso, precisa ser como um Fitzcarraldo de Herzog, e mergulhar na selva sul-americana em busca de Emiliano Gomez Carrasquilla, o filósofo perdido da melancolia.
Partindo dessa premissa absurda, Mark Haber constrói um romance delirante, repleto de angústias cômicas e obsessões hilárias. Narrado em apenas um parágrafo, como um monólogo febril, à moda dos livros de Thomas Bernhard, O jardim de Reinhardt oferece reflexões sobre a maneira como cada cultura lida com a tristeza e os esforços do conhecimento das ciências em tentar estabelecer limites para esse conceito tão abstrato e, no entanto, tão presente em nosso cotidiano.
“Quando se é melancólico, vê-se a realidade com total lucidez. Os melancólicos são os abençoados deste mundo, videntes e visionários, e, enquanto Jacov falava da sua melancolia, ele se tornava menos melancólico, porque, para estudar essa emoção, percebi, era preciso deixá-la para trás, pois a melancolia suga a força, empana o espírito, erode a aptidão, e uma das mais cruéis ironias da melancolia é a força que o seu estudo requer”, conta o narrador. E é assim, através de viradas de humor inesperadas, que Haber puxa o tapete do leitor e revela como a arte pode oferecer uma maneira de encarar o abismo da tristeza.
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