O QUE SE VE, O QUE E VISTO
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EDITORA : Contra Capa| Saiba Mais…
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OBJETO
DE DESEJO
Nos vídeos da série Desvarios, o movimento é uma forma que se atualiza como variação na duração e na repetição da imagem. Como duração, a imagem passa por um instante que permanece porque jamais passa, ou seja, porque insiste.
O registro de uma ação em loop implica ligar as bordas do tempo, a fim de criar um infinito presente. A imagem, contudo, não é puro efeito, pois registra o que nela pensa como variação do que não varia no tempo, na ação e no sentido.Como repetição, há uma mudança que opera nos dois sentidos da ação. Vemos, na passagem do tempo cronológico, um movimento cujo início é o fim e o seu fim, o início. Repetir, portanto, faz ver o que há e não é visto.
As animações de Reversos, que se valem de imagens fotográficas do antigo Hospital de Alienados, têm como tema e forma a inversão do tempo. Como na atmosfera quase sempre sombria dos relatos de Lima Barreto, cujas anotações nunca se mostram indiferentes ao sofrimento e à solidão que parece atravessar de modo irremediável a sua vida e a dos demais internos, revisitam-se contornos da angústia e das formas de entusiasmo presentes em diferentes momentos do que denominamos loucura.
Ao mesmo tempo, retorna-se à ambiência das passagens líricas, nas quais o escritor anota a tonalidade do azul do céu, os barcos que se deslocam vagarosamente pela baía de Botafogo e a silhueta da Serra dos Órgãos, a se dissipar sob o efeito da névoa.
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