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OBJETO
DE DESEJO
Neste livro René Girard indaga a reflexão religiosa mais poderosa sobre o sacrifício, a da Índia védica, reunida nos Brâmanas. Entre as concepções dos brâmanes e a teoria girardiana, há inúmeras coincidências surpreendentes, que não podem ser só fruto do acaso. Com as convergências, sem dúvida, há divergências, porém, longe de contradizer a teoria mimética, elas correspondem ao mínimo de ilusão sem o qual o sacrifício se torna impossível.
Para que ele seja possível, primeiramente é preciso crer que a vítima original é responsável pela desordem mimética e, em seguida, através da violência unânime, pela volta à ordem. Portanto, há aqui um deus, acreditase, que, depois de ter conduzido mal a comunidade, ficou com pena dela e ensinoulhe o sacrifício.
A reflexão antropológica viu durante muito tempo no sacrifício sangrento uma espécie de enigma que ela procurou resolver, sem sucesso. Passouse a dizer que o sacrifício em geral, o sacrifício em si, talvez não existisse. A hipótese de uma ilusão conceitual é legítima enquanto hipótese, mas, na segunda metade do século XX, ela endureceu e se tornou um dogma ainda mais intolerante, acreditando ser superior à intolerância ocidental, ao imperialismo do conhecimento.
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