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OBJETO
DE DESEJO
O poema é via de acesso ao tempo puro, imersão nas águas originais da existência” — é necessário retomar as palavras de Octavio Paz, em seu inesgotável O arco e a lira, para seguir os passos de Marcio Cappelli em seu livro de estreia, O tempo dentro das vozes, em que a poesia é uma forma de investigação, escavação, revelação.
Seus versos se movem, entre raciocínios precisos e preces rebeldes, para invadir as engrenagens da vida e nos levar às “margens do espanto”, exibindo as tramas de sentidos com que o poema — e apenas o poema! — se depara enquanto se debate com sua própria trama de matéria e forma. Sim, escrever poemas, aqui, é mergulhar em direção ao “mundo submerso” e flagrar a germinação do mundo outro em que erramos.
Nas páginas de O tempo dentro das vozes, a poesia é a afirmação de que, no segredo que apenas as crianças ainda não esqueceram, no Cristo entalhado num açougue, no corpo que só pode ser lido em braille, em tudo que ainda nos surpreende, há um canto que devemos nos aproximar — nos transformar — para ouvir: “O teorema explica/ o mito religa/ o poema roça/ o ritmo misterioso/ do ser esquecido”.
[Tarso de Melo]
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