OS 120 DIAS DE SODOMA: OU A ESCOLA DA LIBERTINAGEM
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OBJETO
DE DESEJO
'Os 120 dias de Sodoma' foi objeto de especial estima por parte do marquês de Sade. Tendo dado por perdido o rolo em que o escrevera, ao ser retirado às pressas da Bastilha, às vésperas da Revolução, o autor morreu sem saber que o manuscrito seria mais tarde recuperado e publicado. Este é um livro incomum, de leitura perturbadora, cuja chave-mestra talvez seja o humor. Um humor negro, sombrio, genuinamente perverso e absurdo. Neste livro, é em nome da racionalidade que o autor destila à exaustão sua consumada virulência. E o faz em estilo requintado, em nome do ateísmo, em frontal combate a Deus e à religião, mediante o solapamento de todas as instituições humanas, para o bem e para o mal. Assim sendo, em 'Os 120 dias de Sodoma', o leitor poderá flagrar o homem, ver o humano em potência, para além do horror e do grotesco, para além do apelo abjeto com que esta obra se despe e se reveste.
Cento e vinte dias, seiscentas paixões. Quatro meses de libertinagem, quatro classes de vícios. A cada dia, cinco modalidades, somando cento e cinquenta por mês. Para dar conta dessas cifras, uma comitiva formada por quarenta e seis pessoas, distribuídas em oito categorias distintas, das quais sete pertencem à classe dos súditos. Oito meninos, oito meninas e oito fodedores. Quatro criadas e seis cozinheiras. Quatro esposas. Quatro narradoras. Por fim, na classe dos senhores, os quatro libertinos que sempre merecem designação individualizada: Curval, Durcet, Blangis e o Bispo.
A esses números — que apresentam ao leitor “a narrativa mais impura já escrita desde que o mundo existe” —, somam-se outros tantos que servem invariavelmente para precisar, com a maior exatidão possível, as atividades levadas a termo no castelo de Silling.(...)
Vale lembrar que, assim como o sexo, os números são inequívocas fontes de prazer no mundo do deboche.
Eliane Robert Moraes,
do prefácio desta edição
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