OS INTELECTUAIS NA IDADE MEDIA
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Originalmente escrito em 1957 e reeditado na França com novo prefácio do autor em 1984, Os Intelectuais na Idade Média é relançado agora no Brasil pela José Olympio com tradução de Marcos de Castro. Para Jacques Le Goff, "o ponto de vista central deste ensaio não cessou desde os anos 50 de ser confirmado e enriquecido". A edição francesa que dá origem a esta é de 2000 e traz extensa bibliografia no fim do volume, chamada de ensaio bibliográfico.
A Idade Média foi um laboratório de pesquisa para os historiadores. Le Goff revolucionou tanto o conhecimento sobre o período quanto os métodos históricos, dando uma nova visão sobre a época: descobriu a modernidade de um período considerado obscuro. O historiador lembra que o livro, as universidades, as cidades, o relógio, a tortura, a razão de Estado, entre outros, são invenções medievais cultivadas na era contemporânea.
Nesta obra, Le Goff dá ênfase ao intelectual, captado num preciso campo de observação - as cidades francesas entre os séculos XII e XIII -, e a quem chama de "vendedor de palavras". Apresenta primeiro a revolução urbana, que permitirá a emergência das universidades abertas e cosmopolitas, em oposição às escolas monásticas.
É nas ruas movimentadas, nas "catedrais de saber", nos debates que surgem os intelectuais. Leigos e religiosos desfrutam de uma evolução escolar. Artesãos da ciência e do conhecimento passam a integrar as corporações de mestres e estudantes, ou seja, as nascentes universidades. Elas significam uma forma pioneira de ascensão social, antes restrita ao nascimento ou à riqueza. Jovens burgueses e camponeses investiam o que tinham de melhor em exames.
Le Goff destaca e estuda, então, quatro destes intelectuais cujas opiniões, manifestadas em conjunturas específicas beiraram a heresia. São eles Abelardo, Tomás de Aquino, Siger de Brabante e Wyclif.
Ao definir o trabalho feito por intelectuais na Idade Média como "a união, no espaço urbano e não mais monástico", da pesquisa e do ensino, Le Goff finaliza seu livro discutindo a aristocratização da universidade, o divórcio entre a razão e a fé, a chegada da política e do humanismo e, finalmente, a sofrida ruptura entre a ciência e o ensino. Ao final do período estudado, o contato com as massas, uma das obrigações fundamentais do intelectual, foi rompido. ( Mary Del Priore)
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