OS TRES ULTIMOS DIAS DE FERNANDO PESSOA: UM DELIRIO
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Por que Fernando Pessoa provoca tanto interesse? O fascínio pelo poeta e seus heterônimos continua vivo, sendo objeto de crítica e pesquisa na Europa e Estados Unidos. Um dos maiores pessoanos da atualidade, Antonio Tabucchi, resume a paixão que o poeta desperta: "Ele é um grande personagem cultural do século e uma tentação forte para qualquer escritor". O mais recente fruto dessa paixão está no livro Os três últimos dias de Fernando Pessoa, uma fantasia biográfica sobre os momentos finais da vida de Pessoa, morto em 30 de novembro de 1935, em função de uma crise hepática.
O texto de Tabucchi tem uma composição cênica que joga com o fingimento, o amor pela máscara e as mil faces do ser: elementos emblemáticos e sedutores presentes tanto em pessoa quanto no próprio teatro. Por isso, o livro acabou sendo adaptado para o teatro na Itália.
A ação dramática se dá quando o poeta está no hospital em Lisboa e recebe a visita de seus heterônimos – aqueles "outros que não ele, vozes que falavam nele e que tiveram uma vida autônoma e uma biografia". Chegam para visitá-lo o engenheiro Alvaro de Campos (formado em Glasgow), Alberto Caeiro (que lhe faz uma revelação), Ricardo Reis (vindo do Brasil imaginário) e Bernardo Soares (um semi-heterônimo, "autor" do livro do Desassossego).
A memória, a fantasia e o sonho, características de Tabucchi, surgem com toda a força nesse livro, que encanta os admiradores do maior poeta português do século.
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