PATRIA ARMADA: RETRATOS DE UM BRASIL DISTOPICO
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OBJETO
DE DESEJO
Em janeiro do ano retrasado alcançamos 100 anos da morte de George Orwell, vivendo em um país para o qual distopia já não é sinônimo de ficção. Não sabíamos, contudo, que poderia piorar, e muito. Hoje, mais de meio milhão de mortes depois, diante de escândalos que vão de negligência a corrupção, vivemos na mais absurda das realidades. O verde e amarelo da bandeira de que tanto se orgulham foram manchados pela lama dos desastres ecológicos, pelas cinzas das queimadas, pelo vermelho da brutalidade policial. E, hoje, vestem o negro do luto.
Bilionários enriquecem enquanto o país retorna ao mapa da fome. Cogita-se dar restos de comida aos pobres. Muitos voltaram a cozinhar com fogão de lenha e milhares sofreram sérias queimaduras cozinhando com álcool. O emprego é escasso, as condições, ultrajantes. E enquanto o mercado informal se disfarça de empreendedorismo, a luta desesperada pela sobrevivência ganha ares de exemplo de força de vontade a ser seguido por todos. As grandes empresas se colorem de inclusividade enquanto apoiam a precarização dos direitos trabalhistas. Triunfa o antiintelectualismo. O negacionismo. O fundamentalismo. O preconceito.
Diante desse cenário desolador, a Acaso Cultural resolveu organizar a coletânea Pátria armada: retratos de um Brasil distópico para registrar as múltiplas facetas da opressão, da violência, da ignorância e da miséria que assolam o país. Não se trata, aqui, de distopias no sentido orwelliano, de sociedades imaginadas, governos ficcionais, alegorias políticas. Trata-se, infelizmente, de um Brasil terrivelmente familiar, em que, talvez, qualquer fabulação distópica acabasse, paradoxalmente, mais amenizando que aguçando nossa percepção sobre a dor e o luto que pairam sobre nós.
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