PELO DIREITO DE SER QUEM SOU: UM COLETIVO
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OBJETO
DE DESEJO
Os textos que compõem este livro se organizam a partir dos conceitos que foram construídos ao longo da espiral de minha vida no àiyé, na interconexão existencial entre percepção e observação na arte da escrita sob à cosmosensação matricentrada, compartilhada de forma circular na troca que transforma o individual em coletivo, através do espelho social cujo protótipo se estabelece no olhar da mãe que faz com que o bebê olhe sempre para o alto na busca da realização divina da completude, mas que também nos faz vulneráveis diante da realidade social, subjugada ao poder do falso olhar da interpretação equivocada daquilo que representa a matéria dissociada do espírito, ou seja, a emoção dissociada da razão.
O texto representa minha própria circularidade nos lugares por onde tenho transitado e me constituído como alguém com alteridade na luta radicalmente amorosa, ofertando o melhor cardápio que aprendi na troca de saberes e experiências. Muitas pessoas irão reconhecer trechos já ouvidos nas vezes que fiz dele minha fala e o meu fazer político de denúncia e anúncio no exercício da arma mais poderosa que disponho: o rigor do princípio civilizatório da oralidade, legado das minhas ancestrais.
"Minha mãe era uma jovem mulher negra quando a ditadura militar era o regime político instituído no país. Sua luta contra a ditadura foi silenciosa, pois minha avó tinha um fundamentado receio do que poderia acontecer com uma jovem negra caso ela fosse apanhada pelo DOI-CODI. Minha mãe e outras mulheres negras de sua geração foram ignoradas dos relatos de resistência contra a ditadura. As mulheres negras da geração de minha mãe só foram reconhecidas como as grandes militantes e intelectuais que são gerações mais tarde, alçadas em sua magnitude pela radicalidade amorosa de mulheres negras que insistiram em reivindicar seus nomes."
Winnie Bueno
"Com a leitura do livro, nos colocamos em uma encruzilhada que nos possibilita trafegar em diversos eixos que se cruzam, que retornam para o mesmo lugar, que nos levam para direções opostas, mas que, em cada um desses caminhos, abertos com foice e facão – e agora ampliados pelo abebê de sua Osun –, sentimos, nós andantes e retardatários no Tempo, que muito foi feito e que muito ainda há que se fazer.
A filósofa Sandrali Bueno esbanja e compartilha conosco o poder da senioridade."
Nina Fola
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