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OBJETO
DE DESEJO
Nesta edição, a piauí publica um conjunto de matérias capazes de iluminar o papel da ultradireita no Brasil. Trazemos uma reportagem sobre a vida de uma extremista que simboliza certa militância autoritária (No forrobodó do balacobaco, de Renato Alves), um artigo escrito por um general que aponta os erros cometidos pelos militares no governo (Adeus ao retrocesso, de Francisco Mamede de Brito Filho) e o testemunho de um eleitor de direita sobre o desastre do “bolsolavismo” (Tragédia ideológica, de Martim Vasques da Cunha). Para encerrar, uma reportagem exclusiva conta os bastidores de uma reunião no Palácio do Planalto, ocorrida no dia 22 de maio, na qual o presidente Jair Bolsonaro decidiu mandar tropas ao Supremo Tribunal Federal e precisou ser demovido de sua intenção (Vou intervir!, de Monica Gugliano).
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Em fevereiro, em pleno Carnaval, a piauí se interessou pelo noticiário que vinha de Wuhan, uma cidade chinesa da qual nenhum de nós ouvira falar. Na edição que circulou nos primeiros dias de março, publicamos o diário de um brasileiro, Higor Carvalho, que relatava sua odisseia para deixar a China. Desde então, a revista tem estado atenta aos desdobramentos dramáticos da pandemia no Brasil. A capa da edição de agosto, em formato de folder, é uma homenagem aos 100 mil brasileiros que terão morrido de Covid-19 até o início do mês de agosto . É o número de uma tragédia nacional que não precisava ter atingido dimensão tão dramática.
A piauí retrata essa realidade com duas reportagens. Mostramos como o Paraguai, contra todas as expectativas, conseguiu enfrentar com competência o avanço da Covid-19 (Quarentena radical, de Jazmín Acuña) e relatamos o nosso fracasso em reportagem sobre Breves, a cidade mais infectada do Brasil, na Ilha de Marajó (“Foi um terror”, de Brenda Taketa).
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Normalmente, nossas edições trazem apenas um texto de ficção. Desta vez, abrimos uma exceção com um trecho pungente do livro O Avesso da Pele, de Jeferson Tenório (A gente tá de olho em vocês), e um belo conto de Conceição Evaristo (Não me deixe dormir o profundo do sono).
Temos mais – BolsozApp, história em quadrinhos, diário, mais reportagens e mais artigos – mas, antes de terminar, só mais duas sugestões: delicie-se com o perfil de Lorenzo Mammì, o intelectual italiano que adotou o Brasil e tem uma capacidade singular de interpretar o país (Utopias e ruínas, de Rafael Cariello), e uma intervenção originalíssima do artista plástico Nuno Ramos (Sai Antígona).
Divirta-se e boa leitura.
André Petry
Diretor de redação
P.S.: Ah, sim, as Esquinas estão de volta!
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