Nós somos pensamentos. O pensamento nos conduz. O segredo do nosso destino, portanto, está nisto: regrar nossos pensamentos, fortificar em nós as representações que correspondem à nossa verdadeira natureza e à nossa finalidade, identificar nossa alma com o que de melhor existir nela e dela excluir o que a rebaixe.

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Nossa atenção, voltando-se para um objeto central — e com mais razão ainda para o Centro universal — vê sair dele como que irradiações, ondas, que se ampliam cada vez mais e compõem um sistema coerente, no qual o pensamento se enriquece e se organiza. É o meio que tem a vida de tomar posse de si mesma, unindo-se àquilo que a domina, a envolve e lhe dá sua lei.
Todo mundo pensa; porém muitos jamais pensam em refletir sobre o pensamento para o controlar, ordenar, direcionar, a fim de que, penetrando até o fundo de si mesmos, ouçam o murmúrio das fontes. Natureza, Divindade, humanidade individual e humanidade coletiva têm, entretanto, sua ressonância ali. Quem lembra disso, ou sequer se propõe a lembrá-lo? Sob o pretexto da ação, muitos esquecem a significação da ação, esquecem o objetivo da ação.