ROTEIRO AFETIVO DE PALAVRAS PERDIDAS
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OBJETO
DE DESEJO
Que mistério envolve o envelhecimento e a obsolescência das palavras? Porque caem em desuso termos como trampolineiro, infernizar e larápio, mesmo quando as realidades que nomeiam se mantêm presentes, ainda que sob outras formas?
Com a sua estrutura fragmentária, embora alfabeticamente ordenada, este Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas resgata algumas experiências (verbais e vitais), contribuindo para a arqueologia mental de uma geração lisboeta, a que nasceu em torno do ponto médio do século XX. Sem pretensões lexicográficas, este é um exercício de introspeção e de memória que transporta o leitor para viagens, episódios de infância, livros, sortidos finos, grandes lanches na casa da tia Lídia e um certo Portugal. É apenas um livro, que não substitui nenhuma experiência vivida, a não ser porque é vivido por dentro da cabeça.
«A bola dos meus três anos nem por sombras se confundia com o ‘esférico’, assim designado pelos radialistas que enchiam os meus ouvidos ao princípio das tardes de domingo. Apesar disso, chutei‑a com fervor contra os muros do quintal onde a objetiva de um fotógrafo de bairro captou a minha pose satisfeita, com os bonecos e a bola aos pés, naquele dia de primavera de 1952. Às vezes, quando me cansava de dar chutos na bola, usava‑a como assento adequado às minhas pequenas dimensões, e sobre ela, e…
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