RUGENDAS E O BRASIL: OBRA COMPLETA
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OBJETO
DE DESEJO
A obra reúne a produção do alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) no Brasil, apresenta ao público novidades – entre as quais, um dos seus raros óleos sobre tela, descoberto em coleção particular e jamais publicado
Com a inclusão de novos desenhos e de uma descoberta preciosa – um raro óleo, inédito em publicações -, chega às livrarias em novembro a terceira edição do espetacular Rugendas e o Brasil, de Pablo Diener e Maria de Fátima Costa. O volume, um grande sucesso editorial, traz a relação completa das obras relacionadas ao Brasil que o alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858) produziu em suas duas viagens ao Brasil – 1821 a 1824 e, depois, por menos de um ano, em 1845.
“A primeira viagem foi fundamental para a preparação das gravuras da Viagem pitoresca e deixou-nos os magníficos desenhos realizados na Expedição Langsdorff, hoje conservados na Academia de Ciências de São Petersburgo”, lembra o editor Pedro Corrêa do Lago na apresentação do livro.
Algumas das obras foram criadas de memória, caso deste óleo recém-descoberto em São Paulo, numa coleção particular. Pintado em 1842, “Paisagem no interior da mata tropical no Brasil com figuras” é um dos poucos e preciosos óleos sobre tela do artista viajante que, junto com Debret e Ender, retratou o Brasil do início do século XIX – na maior parte das vezes, em desenhos e aquarelas. Esse quadro a óleo – um dos que foram pintados de memória, quando Rugendas passava um período no Chile - mostra a floresta luxuriante, com pássaros, flores, cobras e três indígenas.
Há uma profusão de detalhes e uma incrível precisão visual ao retratar árvores, plantas, animais e figuras humanas no trabalho de Rugendas. “Rugendas nunca se detém a desenhar um belo edifício; só ocasionalmente observa o perfil de alguma rua com as fachadas das casas”, explicam Diener e Costa. “A natureza, ao contrário, ganha outro tipo de valoração. As montanhas merecem toda a atenção de seus lápis em vistas amplas, mas também em estudos que chegam inclusive a focalizar as características morfológicas das rochas. Igualmente, verificamos que a vegetação não é incorporada à paisagem como um simples acessório; as árvores figuram entre seus desenhos com o máximo de detalhe”.
O inédito em publicações Paisagem no interior da mata tropical no Brasil com figuras |1842 Óleo sobre tela; 46 x 36 cm
Rugendas e o Brasil apresenta mais de 400 desenhos, com cinco inclusões nesta edição; no total, mais de mil imagens em suas 612 páginas. O raisonné teve sua primeira edição lançada em 2002, compondo um painel extraordinário do trabalho de artistas viajantes europeus do século XIX que a Editora Capivara veio traçando. São eles Frans Post (cuja terceira edição será lançada em 2024), Debret (que teve a sexta edição publicada em 2021), Taunay (2008), Eckhout (2010) e Ender (2022). Vale incluir ainda o volume Martius (2018), que mergulha na expedição científica e artística de Carl Friedrich Philipp von Martius.
Rugendas
Nascido em Augsburg, na Alemanha, em 1802, Johann Moritz – ou João Maurício – Rugendas descendia de uma linhagem de artistas. Estudou com Albrecht Adams e na Academia de Munique; integrou, a princípio, a expedição organizada pelo Barão von Langsdorff, mas acabou se desligando e viajando por conta própria pelo Rio de Janeiro, por Minas Gerais e passou, brevemente, pela cidade de Salvador. De volta à Europa, começa o trabalho que vai resultar no álbum Viagem pitoresca através do Brasil, publicado em 1834, realizando trocas artísticas com pintores e aquarelistas. Em 1831, embarca para uma estada de 15 anos percorrendo os países da América Latina, dos vulcões mexicanos aos territórios andinos e à região platina no Cone Sul. Essa viagem terminou no Rio de Janeiro, onde passou cerca de um ano, entre 1845 e 1846.
Os autores Pablo Diener é doutor em História da Arte pela Universidade de Zurique. Tem estudos publicados sobre as viagens científicas e artísticas ao continente americano nos séculos XVIII e XIX e é autor do catálogo da obra de J. M.
Rugendas. Organizou as exposições “Rugendas: América de punta a cabo”, “Los viajeros europeos del siglo XIX em México”, “El Barón de Courcy: Ilustraciones de viaje” e “O descobrimento da natureza, de C. D. Friedrich a Humboldt” no Chile, no México e na Alemanha. É professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso.
Maria de Fátima Costa é doutora em História pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorado em História da Arte e Cartografia Histórica. Desenvolve
investigações sobre as expedições científicas que estiveram na América do Sul e tem publicações sobre as Expedições Demarcadoras de Limites do século XVIII,
a Viagem Filosófica de Alexandre Rodrigues Ferreira, a Expedição Langsdorff, a viagem de Spix e de Martius ao Brasil e a Expedição Francis de Castelnau, entre outros temas. É autora também de História de um país inexistente: Pantanal entre os séculos XVI e XVIII e professora titular aposentada da Universidade Federal de Mato Grosso.
Juntos, Pablo Diener e Maria de Fátima Costa organizaram as exposições “O Brasil de hoje no espelho do século XIX” (MASP, Sala Athos Bulcão, Casa França-Brasil, Museu Municipal de Arte de Curitiba) e “Rugendas: Pintor y dibujante” (Museo Nacional de Bellas Artes, em Santiago do Chile). Têm vários artigos publicados em revistas científicas e são autores dos livros Rugendas: Pintor y dibujante; América de Rugendas; Bastidores da Expedição Langsdorff; Martius; e Pantanal: Origens de um paraíso. Também são organizadores das obras O Brasil de hoje no
espelho do século XIX; Um Brasil para Martius; Spix e Martius: Relatórios ao Rei; e Rugendas: El artista viajero.