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OBJETO
DE DESEJO
Em Sangüínea, Calixto aposta na variedade de registros, na profusão de tons e de cores. Em “A canção do vendedor de pipocas”, que abre o livro, o poeta se move em uma paisagem urbana e divaga em versos tão prosaicos quanto eficazes: “imagino que as canções de Bob Dylan/ existam para nos fazer suportar dias/ como este”. Já em “Elefante de sândalo”, ao contrário, encontramos um sujeito atento a “passos, entorpecidos pelo cinzel” e desejoso de “escalar os patamares da beleza”. Mas como nota Marcos Siscar, que assina o posfácio, “em nenhum momento [...] essa variedade significa para Calixto uma abdicação da forma”. Talento camaleônico, Fabiano tira sua força da própria diversidade.
Também merecem destaque a lírica amorosa de Sangüínea, que conta com o belíssimo “Um poema para ela”, e a seção “Caixa de saída”, em que Calixto envia poemas-emails para Oswald de Andrade e Torquato Neto, entre outros — “sempre buscando o belo e o amaro”, como observa Carlito Azevedo, no texto de orelha.
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