SE CORRER O BICHO PEGA, SE FICAR O BICHO COME
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OBJETO
DE DESEJO
Estreado e publicado em 1966, Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come é o terceiro espetáculo do grupo Opinião. Assim como os anteriores – o show Opinião e Liberdade, liberdade – este também foi concebido no contexto pós-golpe civil-militar de 1964, porém assumiu, mais do que aqueles, o grande desafio de encontrar uma linguagem teatral que permitisse analisar criticamente as circunstâncias do país sob a ditadura e, ao mesmo tempo, driblar a censura. Comédia farsesca escrita em versos de cordel, a peça tematiza os conflitos no campo, entre trabalhadores, proprietários e políticos locais, que se intensificaram sob o novo regime. Lançando mão do humor e do sarcasmo, ela desenvolve uma apurada crítica social ao trabalhar os dilemas vividos pelo protagonista Roque, que, em sua luta diária pela vida, se vê obrigado a driblar pessoas da elite econômica e política – como o coronel que o explora e os políticos que pretendem “usá-lo” – e pressionado a praticar atos que prejudicam seus semelhantes. Ao representar as tensões entre os tipos sociais brasileiros do campo, esta peça joga luz sobre questões nacionais candentes, como a necessidade da reforma agrária, planejada pelo governo João Goulart, mas abortada pelo golpe.
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