SERRA DA MANTIQUEIRA: ONDE SAO PAULO, RIO...ENCONTRAM
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OBJETO
DE DESEJO
A Serra da Mantiqueira, no início da colonização brasileira, era uma muralha aparentemente intransponível que separava o Vale do Paraíba de Minas Gerais. Até que, em 1674, o bandeirante Fernão Dias Paes Leme cruzou a Garganta do Embaú, uma passagem natural entre as escarpadas montanhas do local, na região de Passa Quatro (MG), em busca de esmeraldas. O bandeirante nunca encontraria as pedras preciosas, mas seria responsável por abrir caminho para futuras incursões naquele “mar de morros” e florestas estrategicamente localizado entre os três estados mais populosos do país: Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
No século 19, pequenas propriedades rurais multiplicaram-se pela serra, substituindo boa parte da Mata Atlântica original pelas pastagens e por cultivos de milho, feijão e mandioca. O período coincidiu com o apogeu do café no Vale do Paraíba, de modo que as fazendas cafeeiras logo passaram a ser abastecidas com carne, laticínios, grãos e hortaliças da Mantiqueira. Uma tradição que se mantém até os dias de hoje, quando às atividades agrícolas se juntaram diversas opções de turismo ecológico ou rural. Isso porque, em 1937, a Serra da Mantiqueira passaria a abrigar o primeiro parque nacional do país, o de Itatiaia, marcando o início da proteção da Mata Atlântica, o mais ameaçado bioma brasileiro.
Em meio a um concorrido calendário de festas e celebrações religiosas, a Serra da Mantiqueira consegue se manter como um autêntico depositário da cultura caipira, dos mais importantes remanescentes de Mata Atlântica da Região Sudeste, além de berço das águas que abastecem a vida em dezenas de municípios – inclusive a da maior metrópole do país.
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