O menino Francisco nasce em Portugal e vem pequeno com o pai para o Brasil, atravessando os mares numa enorme caravela de velas brancas. Ao chegar ao porto de Santos fica impressionado com a extensão das praias, com o verde intenso das folhas, com o brilho do sol — e também com os índios: tão diferentes, falavam uma língua estranha… alguns andavam acorrentados!

No trajeto até o sítio do primo, Francisco fica maravilhado com a exuberância da mata e seus habitantes inusitados. No sítio, conhece outras crianças, aprende as maneiras da terra e até a fazer arapucas para pegar passarinhos. Com o tempo, o menino passa a negociar os pássaros que prende nas arapucas.

Um dia é apresentado a um bandeirante de verdade, e parte com ele numa expedição para “caçar” índios. A aventura, apesar do excitante aspecto desbravador, se revela um divisor de águas para o menino, que começa a compreender — e abominar — o processo da escravidão e do confinamento de seres vivos.