A descoberta do inconsciente por Sigmund Freud estabeleceu a psicanálise como um discurso revolucionário que propicia, para além da prática clínica, uma leitura do social com efeitos no mundo.

Freud, o criador da psicanálise, e Jacques Lacan, com suas sofisticadas elaborações teóricas, dedicaram-se ao estudo da fala e da linguagem, recorrendo inúmeras vezes em suas elaborações à filosofia, à linguística, à literatura, à antropologia e a outras áreas do conhecimento. Repensar a função da fala e o campo da linguagem não apenas é de suma importância para uma reaproximação com o que é o cerne da experiência analítica, como também contribui para fundamentar um posicionamento ético diante das possibilidades e exigências de nossa época.

Ao abordar a palavrar no avesso da comunicação a partir de seu estatuto de ato, este livro é um convite para adentrar no que permite à psicanálise operar no real, com suas consequentes transformações para o sujeito e o campo social.