O livro começa intrigante. Logo no primeiro capítulo, a descrição dos fatos nos mostra que um crime incomum aconteceu em frente às escadarias da entrada principal do Theatro Municipal de São Paulo. A vítima, socorrida a tempo, felizmente sobrevive a esse ataque. Mas há algo de sinistro nesse crime que, a princípio, parece ser comum, pois os dois pequenos furos encontrados no pescoço da vítima deixam uma dúvida para o leitor: trata-se de uma história policial ou uma narrativa sobrenatural? O caso toma vulto e a imprensa se aglomera na delegacia da Polícia Civil da rua Líbero Badaró para ouvir as conclusões do delegado encarregado. A vítima é uma famosa cantora lírica, mezzo-soprano. Fato que, a princípio, insinua uma ligação do crime com o universo da ópera. Dois estudantes de Jornalismo, fascinados pela estranha natureza desse crime, decidem investigá-lo por conta própria. No mesmo momento em que se dá a coletiva na delegacia, um homem de aparência solitária passa em frente às escadarias do Theatro Municipal e, ao fazê-lo, sorri para si mesmo com satisfação. A partir desse instante, a trama se desenvolve, causando alvoroço no meio artístico. Porém, quando uma bailarina clássica também é atacada da mesma forma e com os mesmos requintes de crueldade, a história do vampiro se espalha por toda a cidade. Enquanto a polícia se mostra desorientada, os dois jovens jornalistas começam a reunir evidências. Aos poucos, percebem que esses crimes não são aleatórios. O misterioso vampiro parece nutrir fortes sentimentos. Ódio, vingança, ressentimento... Essas palavras rondam a mente dos jovens jornalistas-detetives e a leitura se torna ainda mais intrigante. Uma História de Vampiro nos prende a atenção do princípio ao fim.