A dramaturgia dá vida à surpreendente trajetória do cangaceiro Volta Seca, hoje praticamente esquecido, mas extremamente comentado, entrevistado e ouvido em seu tempo. Volta Seca foi um dos poucos cangaceiros do bando de Lampião a ser preso. E, quando isso ocorreu, ele tinha apenas quatorze anos. Era o menino cangaceiro, pintado pela mídia da época como sanguinário e destemido bandido.

A vida do jovem Volta Seca tornou-se um convite para essa imersão: após um encontro inesperado com Lampião, Volta Seca foi raptado e obrigado a esquecer seu passado e viver uma outra realidade. Anos depois, em uma cela de cadeia, Volta Seca revelou pela ultima vez aos jornalistas como conviveu ao lado do homem mais temido do sertão e o real motivo pelo qual abandonou o cangaço. Dentro desse contexto em dois momentos desta obra, o autor relembra a infância, vivida em Salvador (BA), quando joga luz sobre a violência praticada no país, traçando um paralelo entre o cangaço de 1930 e o Brasil atual.