Esta é uma obra que nos faz viajar pelo sertão em tempos idos, onde Zé do Cangaço conta um pouco sobre como foi sua vida de cangaceiro e o que o levou a ser cangaceiro. Fala sobre sua paixão pelo seu povo e sua fissura em ajudá-los para ter o pão, sua tristeza por não ter o gado na engordação por causa da falta de molhação, como ele mesmo diz, por meio de versos, contando sobre sua passagem nessa encarnação.

Apesar de ter sido mal compreendido em sua maneira de agir quando era cangaceiro por alguns, e amado por muitos, Zé do Cangaço era um cabra de muita fé em nosso Senhor e dado a poesia.

Em suas rimas fala de suas andanças, de seu amor pelo sertão da Bahia e sua desilusão e sofrimento com a perda da mulher amada. Relata também a vida de boiadeiros que encontrou em sua caminhada, os mandos e desmandos de coronéis sobre um povo sofrido pela falta de chão e de alimentação. Além de mostrar seu amor pela Umbanda que, após seu desencarne, lhe ofereceu a renovação.

Esta obra nos faz sentir toda a emoção de Zé do Cangaço, sua fé e vontade de seguir em frente rumo à sua evolução, deixando claro que também teve de pagar seu quinhão diante de Olorum por suas ações.