A gestão escolar é um campo complexo, repleto de desafios e contradições, em que a alta rotatividade de diretores, as disputas de poder e a semiformação dos gestores são alguns dos desafios enfrentados pela escola pública na contemporaneidade e que impactam diretamente na qualidade da educação. Neste livro, as autoras apresentam uma análise crítica da gestão escolar na rede municipal de São Paulo, analisando como a fragilidade na formação dos diretores influencia a implementação das políticas públicas educacionais e perpetua uma lógica instrumental e alienante no ambiente escolar que limita as possibilidades da gestão escolar, a partir da questão: o que torna um diretor escolar uma liderança educativa sustentável?

Com um olhar fundamentado na Teoria Crítica e na Dialética Negativa de Theodor Adorno, a obra revela como a ausência de uma liderança educativa sustentável compromete o desenvolvimento do currículo como direito dos educandos no universo escolar. A pesquisa, construída a partir de análise documental, entrevistas e um embasamento teórico sólido, expõe os desafios estruturais da educação pública, sobretudo no que se refere ao desenvolvimento de diretoras e diretores de escola, propondo perspectivas sobre o exercício desse papel na emancipação dos educandos.

As autoras convidam o leitor a refletir sobre as práticas e os modelos de liderança escolar, apontando para a urgência de um sistema educativo que forme efetivamente cidadãos críticos, capazes de emancipar-se.

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