Entrelaçando memórias, depoimentos, aprendizados, experiências, histórias, sabedoria, o professor José Pacheco nos convoca a refletir sobre as últimas décadas de construção e desconstrução da Escola Pública, em Portugal e no Brasil.

Como é de seu estilo, suas reflexões são provocantes, quase perturbadoras.

Ao relatar como a Escola da Ponte, uma Escola Pública portuguesa, estabeleceu uma clara e definitiva ruptura com a organização dos estudantes em classes e, com isso, convocou toda a comunidade envolvida à tarefa de encontrar uma outra forma de pensar a organização escolar, ele demonstra as complexidades de uma comunidade de aprendizagem em desenvolvimento. E ele segue com o registro de alguns marcadores e dispositivos estabelecidos neste processo.

Como uma boa conversa, este livro nos transporta a utopias realizadas e realizáveis, e evoca sonhos lúcidos que considerem fundamental a existência de um serviço público de educação norteado pelos valores da democracia e justiça, capaz de acolher uma grande diversidade de públicos e construir um ambiente educativo que reconhece nos alunos as pessoas que os habitam.