DE JULIO EM DIANTE — JULIO & ANTÓNIO OLAIO
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OBJETO
DE DESEJO
António Olaio: «Com o título “De Julio em diante” queria sobretudo traduzir o lado performativo desta exposição. Como artista, era o próprio fazer destes desenhos que referia, um durante que se estenderia em diante…»
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Diálogos IV: Julio & António Olaio — De Julio em diante, com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida e António Olaio, realizada na Galeria Julio — Centro de Memória, em Vila do Conde, de 27 de Abril a 1 de Dezembro de 2024.
Olaio é, decerto, um dos artistas mais significativos surgidos na década de oitenta do século XX, já que a sua obra, desde o seu início, se dispersou por vários modos de expressão, alguns dos quais então ainda pouco divulgados no meio português: a pintura e o desenho, mas também a performance (em que foi verdadeiramente um pioneiro) e mesmo a música experimental, além do vídeo. Essa obra vasta foi, tardiamente como é de uso no País, objecto de uma larga e fundamental retrospectiva, que teve lugar nas salas da Culturgest (Lisboa) há
mais de uma década, permitindo ver os seus vários aspectos, e tem vindo a ser reconhecida, quase
unanimemente pela crítica mais destacada, como uma das mais originais entre as diversas propostas da arte portuguesa contemporânea.
Neste novo Diálogo, o artista optou por escolher um conjunto de obras de Julio — sobretudo desenhos com a temática da paisagem e da figura humana que o vila-condense explorou toda a vida, para, a partir delas, estabelecer um leque de conexões, ou poderíamos dizer de variações, que reencenam os modelos plásticos de Julio libertando-os para uma nova actualidade, e sabemos bem como muita da melhor arte contemporânea passa por uma capacidade de re-actualizar. […]
Junto aos desenhos de Olaio, os de Julio parecem reabrir-se e evidenciar novas possibilidades quer plásticas quer expressivas. Assim como abrindo os desenhos de Julio para sucessivas variações, António Olaio evidencia a própria potência performativa do artista vila-condense, uma vez que os inscreve de
um sentido de movimento (e mesmo de velocidade) que como que os transfigura e os transporta para novos campos semânticos, expressivos e visuais ao permitir revê-los à luz de uma nova rima que vem evidenciar processos poéticos que pareciam escondidos antes.
[Bernardo Pinto de Almeida]
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