O presente livro envolve as pesquisas realizadas em sede de doutorado em filosofia na PUCSP, períodos de visiting researcher no Law Department da European University Institute/Florença, It., na International University of Florida e em pós-doutorado em Inteligência Artificial na USP/IEA. O tema central é como poderíamos construir as bases epistemológicas de uma filosofia da inteligência artificial (IA) baseada nos valores construcionistas do homo poieticus , pois nas palavras de Lúcia Santaella no prefácio da presente obra: no grego, o sentido de técnica (techné) era inseparável de epistéme e poiésis . No sentido de uma filosofia da IA como uma pra tica orientada teoricamente, um saber pra tico, uma teoria que traga resultados práticos, no sentido original, grego, de uma poe tica . Uma filosofia da IA com fundamento no postulado de uma tecnodiversidade, portanto, buscando-se as bases epistemológicas e fundacionais para a técnica enquanto relacionada à poiesis , logo, com o que é de mais humano, com o ero tico, enquanto poe tico, poie tico , ao contrário da ordem da reprodução, mediação e representação. Do que se trata, afinal, é de impulsionar o desenvolvimento de uma Teoria Fundamental da Inteligência Artificial, inclusiva e democrática, influenciada pela Teoria dos Direitos Fundamentais, contemplando a importância do multiculturalismo e das Epistemologias do Sul na perspectiva dos Direitos Humanos.